sábado, 17 de dezembro de 2022

Viagem para Serra da Rocinha - RS/SC

    No dia seguinte da viagem de Curitiba até a Barragem do Rio dos Touros, saímos de São José dos Ausentes rumo ao próximo destino.  Como comentado post anterior, este era para ser a primeira opção, mas tornou-se a segunda. A primeira parte da viagem pela BR-285 que é asfaltada foi tranquila, porém a parte não asfaltada requer um ritmo mais lento, já que possui trechos com pequenas pedras soltas que podem te dar um susto ou te derrubar se não ficar atento, então a dica é permanecer no "trilho" das rodas dos carros pois assim você evita as pedras soltas.


Vista do cânion no primeiro mirante da Serra da Rocinha ainda em obras.
Mirante na Serra da Rocinha - RS

    Chegando no início da descida da serra encontramos uma corrente fechando a rodovia, e conversando com as pessoas já paradas ficamos sabendo que a estrada só estaria liberada a partir das 11h.  Para um dos nossos companheiros de viagem que precisaria seguir outros rumos, esperar a abertura não seria interessante, dessa forma começamos a conversar sobre o próximo passo: Voltar com nosso amigo e  nos separarmos para em dupla pilotar pela pela RS-020, visitar o cânion e atravessar o Rio Pelotas que divide os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ou nos separamos naquele ponto e em dupla continuar a descida da Serra da Rocinha.


o escritor do blog de costas para a foto olhando para a Serra da Rocinha no início da descida.
Mirante no início da descida da Serra da Rocinha - SC

  Nos despedimos do nosso amigo desejando boa viagem que voltaria e seguiria por outros caminhos para visitar seus entes queridos no Rio Grande do Sul, e ficamos aguardando a abertura da rodovia.  Esse tempo parado nos permitiu admirar um pouco mais a beleza do local pois já era possível observar o cânion e o caminho que faríamos, além da oportunidade de conversar com pessoas das mais diferentes regiões.  Algo interessante é que ali estávamos na divisa entre os estados, onde no topo da serra ainda era Rio Grade do Sul mas assim que começássemos a descida estaríamos em Santa Catarina. Com a corrente removida vestimos a jaqueta, luva e capacete e começamos a descida sem muita pressa, já paramos na primeira curva para tirar algumas fotos e ver mais de perto a beleza do local.  


O escritor do blog entre duas Honda CB 500 X com a Serra da Rocinha ao fundo.
Foto com as Honda CB 500X que nos levaram.

  Como a rodovia está em obras, parte possui pavimento de cimento e parte permanece de chão batido com algumas pedras soltas.  Durante uma parada para permitir que outros carros no sentido contrário passassem, uma destas pedras soltas fez com que a frente da minha moto escapasse e que eu pudesse conhecer mais de perto o terreno e a vegetação do local, mas nada muito grave pois a minha moto possui proteções e eu, como um bom motociclista, caí parado.  Passado o susto, e com a ajuda do meu amigo para colocar a moto em pé novamente, seguimos descendo a serra e admirando a belíssima paisagem do local.  Apesar da similaridade em beleza com a Serra do Rio do Rastro, conhecer a Serra da Rocinha realmente valeu a viagem tanto pela aventura quanto pela paisagem diferenciada.


Marcos do Marcão Motovlog ao lado de sua Honda CB 500 X com a Serra da Rocinha ao fundo.
Marcão Motovlog ao lado de sua Honda CB 500 X.

    Como passava do meio-dia, na cidade de Turvo/SC paramos no Paradouro BR-285 (sugestivo o nome) para almoçar e decidir o próximo passo.  A Serra do Corvo Branco por ser mais distante começava a ser um destino menos atrativo, porém a Serra do Rio do Rastro era praticamente no caminho para o hotel reservado em Orleans/SC, logo, foi o destino escolhido.  O caminho passava pela Rodovia Ângelo Moro entre as cidades de Nova Veneza/SC e Siderópolis/SC, que tinha um asfalto muito bom, uma linda paisagem e muitas curvas para alegria deste motociclista.  Para os católicos, algo interessante é a presença de pequenos monumentos retratando a via-sacra de Jesus Cristo.


Duas Honda CB 500 X paradas com o cânion ao fundo.
As Honda CB 500 X paradas com o cânion ao fundo.


    Aqui começamos a enfrentar o momento menos interessante da viagem, pois assim que iniciamos a subida da Serra do Rio do Rastro uma leve chuva se iniciou e conforme avançávamos a neblina também ficava mais densa, até o ponto que encontramos o trânsito completamente parado.  Conversando com as pessoas, ficamos sabendo que um caminhão estava manobrando em uma das fechadas curvas da serra.  Após aproximadamente 15 minutos aguardando, decidimos que não valeria a pena continuar subindo já que não era mais possível ver o cânion, e como ambos já tínhamos estado lá, descer a serra e voltar para o Hotel era a melhor escolha, e assim fizemos.


Duas Honda CB 500 X de perfil com o morro da Serra da Rocinha ao fundo.
Moto crossover também encara desafios.


    Durante o caminho a chuva havia parado e não tivemos contratempos, chegando ao Real NOB hotel em Orleans/SC por volta das 17h, o que nos permitiu descansar e nos preparar para no dia seguinte voltar a Curitiba.  Boa parte do retorno foi com chuva e em Garuva/SC enfrentamos uma fila de quase 15 quilômetros, pois devido ao desmoronamento ocorrido na BR-376 a BR-101 não se encontrava completamente transitável.


Vídeo completo da descida:


    Um agradecimento especial ao meu amigo Marcão Motovlog que me apresentou esse local, e ao meu amigo Marcos Schaefer que também contribuiu com o passeio.


    Rota: De São José dos Ausentes até o final do asfalto da BR-285 foram 5 Km, sendo que a mesma se encontrava em boas condições.  Na sequência pegamos um desvio para entrar na RS-020 e neste foram aproximadamente 12 quilômetros de estrada de chão batido e pedra até chegarmos ao início da descida da Serra da Rocinha.  Observação: Como esse trecho da rodovia está em obras, ainda não sei exatamente o que é RS-020 ou o que é BR-285 pois ambas no mapa apresentam o mesmo nome e a  BR-285 volta a se dividir e ir até a BR-101. Do início da descida até o ponto mais plano (em Timbé do Sul/SC) são aproximadamente 13 quilômetros, e foram mais 15 quilômetros até chegar ao Paradouro BR-285 em Turvo/SC.  Como escolhemos passar pelas cidades de Farroupilha, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso para chegar na Serra do Rio do Rastro, percorremos mais 115 quilômetros, e vale lembrar aqui que em Lauro Muller pegamos um atalho de aproximadamente 9 quilômetros de estrada de chão batido mas em muito bom estado de conservação. Da serra do Rio do Rastro até o hotel em Orleans foram 34 quilômetros.  No total rodamos aproximadamente 194 quilômetros neste dia. 

Mapa da rota de São José dos Ausentes/RS até Orleans/SC

Clique aqui para ver a rota completa no Goole Maps.


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