terça-feira, 12 de março de 2024

De Jaguarão/RG até Curitiba/PR - BR 101 Sul


Rota da BR-116 e BR-101 Sul partindo de Jaguarão/RG


    Quem pretende chegar ao litoral deste país provavelmente já passou pela BR-101.  Isso porque ela começa em Touros no estado do Rio Grande do Norte, cruzando o Brasil no eixo norte-sul (litorâneo) e terminando em São José do Norte no Rio Grande do Sul, na entrada para a Lagoa do Patos.  Na Wikipédia você pode encontrar mais informações clicando neste link.

    No dia 07/03/2024 o ponto de partida desta viagem começou em Jaguarão/RS pois estava fazendo a rota sul da BR-116 (neste link).  Foi utilizada a mesma rota até Pelotas/RG, até aqui não temos novidades.  Em Pelotas/RS foi utilizada a BR-392 que leva até a cidade de Rio Grande/RS sendo duplicada em sua maioria, apresentando um estado de conservação muito bom.  O clima ajudou sendo ensolarado o tempo todo.  O motivo de chegar na cidade de Rio Grande/RS é porque existe uma balsa que leva até a cidade de São José do Norte/RS, mas como temos a Praia do Cassino na cidade de Rio Grande/RS, ficamos hospedados no Nelson Praia Hotel, que além de boas acomodações era próximo à praia e ao centro comercial de Cassino.  Neste mesmo dia jantamos uma bela pizza no Puga Bar com alguns amigos.


Praia do Cassino em Rio Grande\RS visto do Nelson Praia Hotel

    Em 08/03/2024 na parte da manhã no centro de Rio Grande/RS, junto a Receita Federal do Brasil  visitamos o Museu da Cidade do Rio Grande, onde se conhece um pouco mais da história desta cidade que por um tempo já foi a capital do estado do Rio Grande do Sul.  Na sequência visitamos o Mercado Público Municipal que possui uma variedade de lojas no seu interior, e após isto a Praça Xavier Ferreira.  Andamos pela Rua Gen. Bacelar que possui várias lojas (assim como a Rua XV de Novembro em Curitiba/PR) onde encontramos a Catedral de São Pedro que foi a primeira igreja erguida no estado.  Como era próximo do horário de almoço, comemos um A La Minuta na Vila Francisca.  A tarde visitamos o Museu Oceanográfico Prof. Eliézer de C. Rios que dentro dele, além de manter uma exposição pública sobre a vida e a dinâmica dos oceanos, possui também outras instituições, como o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), onde pudemos observar um pinguim sendo cuidado.  Antes do fim do dia nos dirigimos (ou pilotamos) até os Moles da Barra, para andar de Vagoneta pelos 4 Km de trilhos que andam sobre uma fundação de rochas que avançam sobre o mar.  No fim do dia, por se tratar do Dia Internacional da Mulher fomos jantar no Kaizen para comer alguns frutos do mar.


Miniatura da a Receita Federal do Brasil em Rio Grande/RS
Miniatura da entrada da Receita Federal do Brasil em Rio Grande/RS


Monumento na Praça Xavier Ferreira em Rio Grande/RS com a estátua do Brigadeiro José da Silva Paes e estátuas representando a Fundação da Cidade de Rio Grande de S Pedro
Monumento na Praça Xavier Ferreira em Rio Grande/RS


Miragaia pronta pra praia no Museu Oceanográfico em Rio Grande/RS


Molhes da Barra em Rio Grande/RS



Trilhos sobre concreto cercado pelas pedras do mole, embarcados em uma vagoneta exibindo parte de mastro e vela, com o céu azul com algumas nuvens.
Passeio de vagoneta nos Molhes da Barra em Rio Grande/RS

   No dia 09/03/2024 aproveitamos a manhã para caminhar na Av. Rio Grande na Praia do Cassino, onde encontramos vários ninhos nas árvores que pareciam ser de Maritacas.  Como já passava do meio dia comemos e tomamos um café gelado no Duckbill para refrescar um pouco do calor intenso que fazia.  Perto do fim do dia fomos na casa de amigos para um delicioso churrasco e jogar um bom papo fora.


Vários ninhos das Maritacas unidos formando quase um bloco único em um eucalipto na Praia do Cassino em Rio Grande/RS
Ninhos das Maritacas na Praia do Cassino em Rio Grande/RS


Cookies e Café no Duckbill

    Em 10/03/2024 tiramos o dia para descansar no hotel e pegar uma praia.  A idéia era pegar a BR-101 neste dia, mas a balsa que sai de Rio Grande/RG até São José do Norte/RG no domingo inicia as atividades as 8h ao invés das 7h, e como a viagem prevista seria a mais longa do planejamento, decidimos deixar para segunda-feira.  No fim do dia comemos um hambúrguer no General Black Burger pois fazia um bom tempo que não comíamos um.

    No dia 11/03/2024 saímos cedo do hotel rumo ao centro passando pela BR-392, mas nesta pegamos um engarrafamento que quase nos atrasou para pegar a balsa, mas conseguimos chegar 10 minutos antes do embarque das motos.    Como a Lagoa dos Patos estava tranquila a viagem de balsa também foi bem tranquila, e lá encontrei um membro do moto clube Cavernosos MC que me deu algumas dicas do que eu poderia encontrar.  O asfalto até Osório/RS que é em pista simples estava em muito boa condição com uma exceção, pois em alguns pontos na faixa de rodagem parece que o asfalto cedeu nas rachaduras, e estas se mostram em sequencia por alguns metros, ou seja, você acaba tendo que baixar a velocidade para não pegar estes vales tão bruscamente, mas em alguns pontos o asfalto já estava sendo recapado.  São poucos os postos de combustíveis até Mostardas/RS, a não ser que você saia da rodovia em algumas cidades, sendo assim vale sair abastecido de São José do Norte/RG.  A paisagem até Mostardas possui muitas plantações de pinus, o que deixava a estrada bem bonita e mais fresca no calor intenso que estava naquele dia.  Em Osório/RS o que se destaca na paisagem são as várias turbinas eólicas que nem perdi meu tempo contando devido a grande quantidade.  A partir de Osório/RS já temos pista duplicada e com bom asfalto, já que estamos falando de um trecho sob pedágio, a rodovia e os limites de velocidade a partir daqui permitem uma média de velocidade maior, decidimos rodar até São José para ficar no Hotel Ibis, e como o mesmo dispunha de restaurante jantamos lá, pois chegamos bem tarde.


Honda CB500X na balsa entre Rio Grande/RS e São José do Norte/RS
Honda CB500X na balsa entre Rio Grande/RS e São José do Norte/RS


O escritor do blog montado em sua Honda CB500X na entrada da Prefeitura de São José do Norte/RS
Entrada da Prefeitura de São José do Norte/RS


Placa do KM 407 da BR-101 em Rio Grande do Sul na direita, com com o escritor do blog no centro, apoiado em sua Honda CB500X na esquerda.
KM 407 da BR-101 em São José do Norte/RS


Plantações de pinus na BR-101 em Rio Grande do Sul
Plantações de pinus na BR-101 em Rio Grande do Sul


Placa do KM 193 da BR-101 em Rio Grande do Sul na direita, com com o escritor do blog no centro, e sua Honda CB500X na esquerda.
KM 193 da BR-101 em Rio Grande do Sul

Placa da divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul na parte superior, com o escritor do blog na lateral inferior direita montado em sua Honda CB500X
Divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina na BR-101

Placa do KM 300 da BR-101 em Santa Catarina na direita, com com o escritor do blog à esquerda, montado em sua Honda CB500X.
KM 300 da BR-101 em Santa Catarina


    Em 12/03/2024 continuamos nossa viagem para Curitiba/PR como aqui a rodovia ainda é duplicada, pedagiada e em boas condições o ritmo da viagem é maior.  Com exceção nas cidades de Balneário Camboriú onde o movimento é mais intenso, e nas entradas para Itajaí que pegamos constantes engarrafamentos.  O clima também nos ajudou com sol o caminho inteiro.  Podemos dizer que nossa viagem pela BR-101 termina na divisa de Santa Catarina com o Paraná, já que ao cruzar a fronteira ela torna-se a BR-376.


Placa do KM 50 da BR-101 em Santa Catarina na direita, com com o escritor do blog à esquerda, montado em sua Honda CB500X.
KM 50 da BR-101 em Santa Catarina

Placa da divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul na parte superior, com o escritor do blog na parte inferior,  encostado em sua Honda CB500X a direita.
Divisa entre Santa Catarina e Paraná na BR-101

    Chegando em Curitiba/PR terminou essa pequena aventura que passou por três estados e no geral foi muito positivo.

Rota: Saindo de Jaguarão/RS foi utilizada a BR-116 até Pelotas/RS, onde foi utilizada a BR-392 para chegar a balsa em Rio Grande/RS.  Depois de atravessar a Lagoa dos Patos foi iniciada a viagem pela BR-101 e terminando na divisa dos estados, pois torna-se a BR-376.  Existe um projeto de continuação da BR-101 passando por Antonina/PR, mas nunca teve continuidade.


Mapa com a rota de Jaguarão/RS até Curitiba/R com uma legenda de 1.164 Km.
Mapa da rota de Jaguarão/RS até Curitiba/PR

Clique aqui para ver a rota completa no Goole Maps.





quarta-feira, 6 de março de 2024

De Curitiba/PR até Jaguarão/RS - BR 116 Sul

Mapa com a rota da BR-116 Sul partindo de Curitiba/PR
Rota da BR-116 Sul partindo de Curitiba/PR


     Quem mora em Curitiba provavelmente já utilizou a BR-116 em algum momento.  Antigamente ela passava pela área urbana de Curitiba, mas próximo há 2010 com a criação da Avenida Linha Verde, ela foi transferida para o rodoanel viário.  

    Ela é a rodovia usada por muitos para chegar em São Paulo e para descer a Serra da Graciosa.  Também é utilizada para ir ao estado de Santa Catarina e para chegar na Serra do Rio do Rastro.  Porém a pergunta que eu lhe faço é a seguinte: Você sabe até onde a BR-116 vai?

    Para responder essa pergunta vamos iniciar por onde a BR-116 começa, que é na cidade de Fortaleza capital do Ceará, cruzando então o Brasil no eixo norte-sul terminando em Jaguarão no Rio Grande do Sul na fronteira com o país Uruguai.  Na Wikipédia você pode encontrar mais informações clicando neste link.

    Pelas minhas viagens ao sul acabei transitando pela rodovia em algum momento, e o mais longe que cheguei até então foi na cidade de Vacaria/RS quando em viagem para a Barragem do Rio dos Touros.  Me desafiei então a conhecer onde a rodovia termina, inclusive por ser mais fácil para quem já mora no Sul do Brasil.

    No dia 02/03/2024 começou a viagem, e para o primeiro dia o destino foi a cidade de Lages em Santa Catarina.  Apesar de ser um final de semana (sábado) o movimento não estava muito alto, e por se tratar de uma rodovia pedagiada o asfalto estava em boas condições.  Para não fugir da minha sina, peguei engarrafamento devido obras na rodovia.  Vale lembrar que nesse trecho ela é uma rodovia bastante sinuosa e não está totalmente duplicada, ou seja, o ritmo da viagem é um pouco mais lento.  O clima ajudou, pois pegamos um dia majoritariamente nublado e quente, mas ensolarado antes de chegar em Lages.  Ficamos hospedados no Map Hotel que tinha acomodações muito boas, café da manhã e estacionamento próprio.  Como chegamos a tarde, seguindo a dica de um amigo jantamos no Muzzarella Parrila Pasta & Pizza e depois visitamos o Mercado Público Municipal onde assistimos um show de rock.  O bom foi que conseguimos chegar aos locais a pé pois eram próximos ao hotel.


O escritor do blog ao lado de sua Honda CB500X com placas da divisa entre Paraná e Santa Catarina.
BR-116 na divisa entre Paraná e Santa Catarina

O escritor do blog ao lado de sua companheira e da Honda CB500X com o portal da cidade de Lages/SC ao fundo.
Portal de Lages/SC próximo a BR-116


    No dia 03/03/2024 o destino foi a cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.  Não encontramos um movimento muito intenso, e assim como até Lages, a mesma é pedagiada e com um bom asfalto e bem sinuosa.  Nesse trecho já começamos a encontrar mais pontos de manutenção na rodovia devido obras de contenção pelo grande volume de chuvas que haviam causado danos.  Nessa parte podemos dizer que ela é completamente em pista simples, com alguns pontos de terceira faixa.  A serra que divide Santa Catarina e Rio Grande do Sul e a serra próxima a Ponte Rio das Antas é um show a parte pela beleza.  Outro local muito bonito foi o trecho de Picada Café, Morro Reuter e Dois Irmãos, com uma presença intensa de motociclistas aproveitando a estrada (se estiver em Gramado\Canela, vale a visita pois é próximo).  O clima não ajudou muito depois de Caxias do Sul, com sereno ou chuvas em alguns momentos, mas como estava quente as roupas secavam durante a viagem. Chegando em Porto Alegre ficamos hospedados no Hotel Intercity Cidade Baixa que tinha acomodações e café da manhã muito bons, mas o estacionamento privado era pago a parte.  Neste mesmo dia fomos jantar com amigos na lanchonete Cavanhas onde provamos o cheeseburguer tradicional de lá, que é prensado.


O escritor do blog ao lado da placa de KM 290 da BR-116 em Santa Catarina com sua Honda CB500X ao fundo.
KM 290 da BR-116 em Santa Catarina

O escritor do blog ao lado da placa da divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul na BR-116 com sua Honda CB500X ao fundo.
BR-116 na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul


Cheeseburguer de coração no Cavanhas em Porto Alegre/RS
Cheeseburguer em Porto Alegre/RS

    Utilizamos o dia 04/03/2024 para conhecer alguns pontos turísticos de Porto Alegre.  Pela manhã tentamos primeiro visitar a Usina do Gasômetro, mas estava fechado para reformas.  Passeamos então pelo Parque da Orla do Guaíba, que tem várias atrações como alguns piers, lanchonetes e um mirante para observar melhor a Orla.  Neste mesmo local almoçamos no restaurante 360 POA Gastrobar, que parece um disco voador todo envidraçado, com uma comida muito boa e um belo lugar para ver a Orla enquanto se come.  A tarde começou alguns pingos de chuva então decidimos ir ao Shopping Praia de Belas e gostamos bastante da parte interna dele pois parecia fazer alusão a arquitetura de navios.  Próximo do fim do dia visitamos o Parque Farroupilha, que é bem grande e com várias atrações e monumentos, também havia muita gente que o utiliza para prática de esportes. Para jantar escolhemos o Squisito Pizzaria, onde provamos uma tradicional e gostosa pizza napolitana.


Orla do Guaíba em Porto Alegre/RS sobre a passarela na água, com o Gasômetro, 360 POA Gastrobar e lanchonetes na escada ao fundo.
Orla do Guaíba em Porto Alegre/RS



Xícara pequena de café no 360 POA Gastrobar com duas comandas ao lado que possuem uma foto do local
Café no 360 POA Gastrobar


Pizza com Alho Poró e Bacon em Porto Alegre/RS no restaurante Squisito Fatta a Mano
Pizza no Squisito Pizzaria em Porto Alegre\RS


    No dia 05/03/2024 começamos o que seria o destino real da primeira parte da viagem.  Na saída de Porto Alegre\RS acabei me perdendo pois além do trânsito intenso, as placas não indicavam qual a saída para a BR-116.  Depois pegamos um movimento que considero normal, e desta vez com um clima quente e com poucas nuvens.  A condição do asfalto de Porto Alegre até Pelotas foi o pior que encontrei até então, com buracos e desníveis na faixa de rodagem causados pelo peso dos caminhões no asfalto que parece que não foi projetado para tal (ou talvez porque os caminhões rodam com excesso de peso) mas foi neste parte que paramos para comer um bom lanche no Restaurante das Cucas, seguindo a indicação de uma pessoa que conhecemos em PoA.  De Pelotas até Jaguarão o asfalto está em boas condições, sendo que a rodovia está passando por obras de duplicação em alguns pontos, e durante todo o trajeto a paisagem é basicamente uma grande reta cercada por pastagens e gado.  Ao chegar em Jaguarão seguimos até encontrar o fim da BR-116 e na sequência nos encaminhamos para o Hotel Sinuelo e fomos recepcionados pelo bater dos sinos da Matriz do Espirito Santo no Largo das Bandeiras.  Para jantar, caminhamos até o Mercado Público Municipal para comer uma parrillla no Las Brasas Pizzaria & Parrilla.


O escritor do blog ao lado da placa de KM 319 da BR-116 em Rio Grande do Sul com sua Honda CB500X ao fundo.
KM 319 da BR-116 em Rio Grande do Sul


O escritor do blog ao lado da placa de KM 600 da BR-116 em Rio Grande do Sul com sua Honda CB500X ao fundo.
KM 600 da BR-116 em Rio Grande do Sul


O escritor do blog ao lado da placa JAGUARÃO no portal da cidade na BR-116 em Rio Grande do Sul com sua Honda CB500X ao fundo.
Portal de Jaguarão/RS na BR-116


Matriz do Espirito Santo no centro da foto no Largo das Bandeiras em Jaguarão/RS
Matriz do Espirito Santo no Largo das Bandeiras em Jaguarão/RS


    No dia 06/03/2024 tiramos o dia para andar por Jaguarão, agora sim tirando fotos no fim da BR-116 e também algumas fotos da Ponte Internacional Barão de Mauá, que é a ligação seca entre o Uruguai e Brasil.  Como boa parte da cidade é tombada pelo patrimônio histórico, a presença de casas de arquitetura histórica é vasta em alguns lugares.  São imponentes as portas de algumas destas residências, que ser tornou um atrativo à parte na cidade.  Tentamos visitar o Museu Carlos Barbosa, mas mesmo estando dentro do horário de visitação o mesmo estava de portas fechadas, e depois descobrimos com um casal de turistas que a visita era só com agendamento.  Na hora do almoço voltamos para o hotel pois este possui um restaurante anexo.  Demos uma caminhada na Praça Alcides Marques para aproveitar as sombras das árvores, e descansamos o resto do dia no hotel.  A noite voltamos para jantar na Las Brasas Pizzaria & Parrilla para experimentar a pizza tradicional uruguaia (que não é redonda).


Ponte Internacional Barão de Mauá em Jaguarão/RS onde no lado direito encontra-se o Uruguai, e na direita o Brasil
Ponte Internacional Barão de Mauá em Jaguarão/RS

O escritor do blog debaixo da placa de Fim da BR-116 em Jaguarão/RS
Fim da BR-116 em Jaguarão/RS

O escritor do blog montado em sua Honda CB500X na frente da prefeitura de Jaguarão/RS
Prefeitura de Jaguarão/RS

    E assim concluiu-se a viagem, e posso dizer que o resultado foi positivo pois passei por belas paisagens, conheci várias pessoas, expressões, sotaques e comidas.  Apesar de não ter tomado um chimarrão, trouxe uma cuia e bomba na bagagem.  Passei por situações que ninguém Merece, mas foram menores comparadas ao todo.

 Rota: Esta não tem muito segredo, pois exceto os momentos que saí para acessar os hotéis, ela foi completamente percorrida pela BR-116.  Como é em sua maioria de pista simples e muitas vezes bem sinuosa, requer um pouco mais de atenção nos momentos de ultrapassagens.  A parte entre Capa do Leão e Jaguarão é um longo trecho com um só posto de combustível (80Km) e sem muitos pontos de parada, então, recomendo passar por ela abastecido.



Mapa com a rota de Curitiba/R até Jaguarão/RS com uma legenda de 1.079 Km.
Mapa da rota de Curitiba/PR até Jaguarão/RS

Clique aqui para ver a rota completa no Goole Maps.

sábado, 17 de dezembro de 2022

Viagem para Serra da Rocinha - RS/SC

    No dia seguinte da viagem de Curitiba até a Barragem do Rio dos Touros, saímos de São José dos Ausentes rumo ao próximo destino.  Como comentado post anterior, este era para ser a primeira opção, mas tornou-se a segunda. A primeira parte da viagem pela BR-285 que é asfaltada foi tranquila, porém a parte não asfaltada requer um ritmo mais lento, já que possui trechos com pequenas pedras soltas que podem te dar um susto ou te derrubar se não ficar atento, então a dica é permanecer no "trilho" das rodas dos carros pois assim você evita as pedras soltas.


Vista do cânion no primeiro mirante da Serra da Rocinha ainda em obras.
Mirante na Serra da Rocinha - RS

    Chegando no início da descida da serra encontramos uma corrente fechando a rodovia, e conversando com as pessoas já paradas ficamos sabendo que a estrada só estaria liberada a partir das 11h.  Para um dos nossos companheiros de viagem que precisaria seguir outros rumos, esperar a abertura não seria interessante, dessa forma começamos a conversar sobre o próximo passo: Voltar com nosso amigo e  nos separarmos para em dupla pilotar pela pela RS-020, visitar o cânion e atravessar o Rio Pelotas que divide os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ou nos separamos naquele ponto e em dupla continuar a descida da Serra da Rocinha.


o escritor do blog de costas para a foto olhando para a Serra da Rocinha no início da descida.
Mirante no início da descida da Serra da Rocinha - SC

  Nos despedimos do nosso amigo desejando boa viagem que voltaria e seguiria por outros caminhos para visitar seus entes queridos no Rio Grande do Sul, e ficamos aguardando a abertura da rodovia.  Esse tempo parado nos permitiu admirar um pouco mais a beleza do local pois já era possível observar o cânion e o caminho que faríamos, além da oportunidade de conversar com pessoas das mais diferentes regiões.  Algo interessante é que ali estávamos na divisa entre os estados, onde no topo da serra ainda era Rio Grade do Sul mas assim que começássemos a descida estaríamos em Santa Catarina. Com a corrente removida vestimos a jaqueta, luva e capacete e começamos a descida sem muita pressa, já paramos na primeira curva para tirar algumas fotos e ver mais de perto a beleza do local.  


O escritor do blog entre duas Honda CB 500 X com a Serra da Rocinha ao fundo.
Foto com as Honda CB 500X que nos levaram.

  Como a rodovia está em obras, parte possui pavimento de cimento e parte permanece de chão batido com algumas pedras soltas.  Durante uma parada para permitir que outros carros no sentido contrário passassem, uma destas pedras soltas fez com que a frente da minha moto escapasse e que eu pudesse conhecer mais de perto o terreno e a vegetação do local, mas nada muito grave pois a minha moto possui proteções e eu, como um bom motociclista, caí parado.  Passado o susto, e com a ajuda do meu amigo para colocar a moto em pé novamente, seguimos descendo a serra e admirando a belíssima paisagem do local.  Apesar da similaridade em beleza com a Serra do Rio do Rastro, conhecer a Serra da Rocinha realmente valeu a viagem tanto pela aventura quanto pela paisagem diferenciada.


Marcos do Marcão Motovlog ao lado de sua Honda CB 500 X com a Serra da Rocinha ao fundo.
Marcão Motovlog ao lado de sua Honda CB 500 X.

    Como passava do meio-dia, na cidade de Turvo/SC paramos no Paradouro BR-285 (sugestivo o nome) para almoçar e decidir o próximo passo.  A Serra do Corvo Branco por ser mais distante começava a ser um destino menos atrativo, porém a Serra do Rio do Rastro era praticamente no caminho para o hotel reservado em Orleans/SC, logo, foi o destino escolhido.  O caminho passava pela Rodovia Ângelo Moro entre as cidades de Nova Veneza/SC e Siderópolis/SC, que tinha um asfalto muito bom, uma linda paisagem e muitas curvas para alegria deste motociclista.  Para os católicos, algo interessante é a presença de pequenos monumentos retratando a via-sacra de Jesus Cristo.


Duas Honda CB 500 X paradas com o cânion ao fundo.
As Honda CB 500 X paradas com o cânion ao fundo.


    Aqui começamos a enfrentar o momento menos interessante da viagem, pois assim que iniciamos a subida da Serra do Rio do Rastro uma leve chuva se iniciou e conforme avançávamos a neblina também ficava mais densa, até o ponto que encontramos o trânsito completamente parado.  Conversando com as pessoas, ficamos sabendo que um caminhão estava manobrando em uma das fechadas curvas da serra.  Após aproximadamente 15 minutos aguardando, decidimos que não valeria a pena continuar subindo já que não era mais possível ver o cânion, e como ambos já tínhamos estado lá, descer a serra e voltar para o Hotel era a melhor escolha, e assim fizemos.


Duas Honda CB 500 X de perfil com o morro da Serra da Rocinha ao fundo.
Moto crossover também encara desafios.


    Durante o caminho a chuva havia parado e não tivemos contratempos, chegando ao Real NOB hotel em Orleans/SC por volta das 17h, o que nos permitiu descansar e nos preparar para no dia seguinte voltar a Curitiba.  Boa parte do retorno foi com chuva e em Garuva/SC enfrentamos uma fila de quase 15 quilômetros, pois devido ao desmoronamento ocorrido na BR-376 a BR-101 não se encontrava completamente transitável.


Vídeo completo da descida:


    Um agradecimento especial ao meu amigo Marcão Motovlog que me apresentou esse local, e ao meu amigo Marcos Schaefer que também contribuiu com o passeio.


    Rota: De São José dos Ausentes até o final do asfalto da BR-285 foram 5 Km, sendo que a mesma se encontrava em boas condições.  Na sequência pegamos um desvio para entrar na RS-020 e neste foram aproximadamente 12 quilômetros de estrada de chão batido e pedra até chegarmos ao início da descida da Serra da Rocinha.  Observação: Como esse trecho da rodovia está em obras, ainda não sei exatamente o que é RS-020 ou o que é BR-285 pois ambas no mapa apresentam o mesmo nome e a  BR-285 volta a se dividir e ir até a BR-101. Do início da descida até o ponto mais plano (em Timbé do Sul/SC) são aproximadamente 13 quilômetros, e foram mais 15 quilômetros até chegar ao Paradouro BR-285 em Turvo/SC.  Como escolhemos passar pelas cidades de Farroupilha, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso para chegar na Serra do Rio do Rastro, percorremos mais 115 quilômetros, e vale lembrar aqui que em Lauro Muller pegamos um atalho de aproximadamente 9 quilômetros de estrada de chão batido mas em muito bom estado de conservação. Da serra do Rio do Rastro até o hotel em Orleans foram 34 quilômetros.  No total rodamos aproximadamente 194 quilômetros neste dia. 

Mapa da rota de São José dos Ausentes/RS até Orleans/SC

Clique aqui para ver a rota completa no Goole Maps.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Viagem para Barragem do Rio dos Touros - RS

    Quando ouvi "esteja pronto para a mudança" admito que achei uma boa frase, e foi mais ou menos isso que aconteceu na viagem de três amigos pelas paisagens dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.  Apesar do título deste ser "Barragem do Rio dos Touros", não era bem esse o destino do primeiro dia de viagem.  Explico: Para o dia 16/12/2022 a intenção era sair de Curitiba/PR até São José dos Ausentes/RS utilizando majoritariamente da BR-101 e conhecendo neste dia a Serra da Rocinha, porém fortes chuvas e um trágico desmoronamento na BR-376 (acesso a BR-101) no dia 28/11 interditaram a mesma causando vários quilômetros de congestionamento.  Isto fez com que optássemos por ir pela BR-116, o que nos proporcionou visitar neste mesmo dia a Barragem do Rio dos Touros.


Uma pessoa posando para foto enquanto um terceiro tira uma foto da cena.
Placas na Barragem do Rio dos Touros

    Tudo começou com uma saída um pouco atrasada de Curitiba e um tempo nublado mas sem chuva, porém próximo a Quitandinha/PR começou a chover e então acabamos parando na mercearia Kmiecik para colocar a capa de chuva e proteger os equipamentos eletrônicos, e também tomar um café.  Pegamos a estrada novamente e paramos somente em Ponte Alta/SC para almoçar no Hotel e Churrascaria Cerrado Café, e também tirar a capa de chuva pois agora o tempo fazia sol.  Próximo a divisa de Santa Catarina com Rio Grande do Sul vimos nossos tanques de combustível começarem a ficar próximo da reserva e nenhum posto a vista, então em Vacaria paramos no primeiro posto que encontramos (posto RodOil) para abastecer as motos e descansar um pouco.


Mata com um rio ao meio com um céu azulado com poucas nuvens.
Rio abaixo da Barragem

    Agora não faltava muito para chegar a cidade de São José dos Ausentes, mas antes precisávamos conhecer a Barragem do Rio dos Touros, saindo da BR-285 e entrando na RS-110 para enfrentar os 6 km de chão-batido com pedra.  Tivemos o azar de encontrar um caminhão na nossa frente que fazia muita poeira, e como a estrada estava bastante irregular foi difícil achar um ponto para o ultrapassar.  Tudo valeu a pena quando finalmente chegamos na barragem.  Mesmo com as fortes chuvas que ocorreram na região o nível do rio estava bom, nos permitindo atravessar a ponte invertida com facilidade.


Aguas de um rio caindo em uma pequena cachoira.
Cachoeira no Rio dos Touros

    Apreciamos a vista por um tempo e fomos para o nosso próximo objetivo, que era caminhar por aproximadamente 600 metros pela antiga tubulação de água que alimentava as turbinas de uma antiga usina hidrelétrica.  Tivemos sorte de encontrar pessoas acampando no local que cuidaram da nossa bagagem enquanto seguíamos o curso do rio, e conforme avançávamos seguindo as corredeiras mais bonita ficava a paisagem, até chegarmos nas ruínas da hidroelétrica que exibia um belo vertedouro por onde saía a água da tubulação.


O escritor deste blog de costas para a foto admirando a paisagem.
Admirando a paisagem

    Como já estava ficando tarde, pilotamos então até o Hotel Cesa que havíamos reservado em São José dos Ausentes.  A sorte também sorriu para nós pois chegando na cidade, percebemos que não fazia muito tempo que havia parado de chover e assim permaneceu.  Pudemos ir caminhando até a Casa Vieja Restaurante e Lancheria para jantar uma bela porção de frios, e nos preparar para no dia seguinte ir até a Serra da Rocinha.


Ao longe as ruínas da antiga usina hidrelétrica, com um vertedouro de água.
Ruinas da Usina Hidroelétrica


Um pequeno vídeo da visita:


    
    Um agradecimento especial ao meu amigo Marcão Motovlog que me apresentou esse local, e ao meu amigo Marcos Schaefer que também contribuiu com o passeio.

    Rota: Saindo de Curitiba percorremos a BR-116 até Vacaria no Rio Grande do Sul totalizando aproximadamente 437 quilômetros até a entrada da BR-285.  Como a BR-116 está sobre concessão, estava muito boa e bem sinalizada. Percorrendo a BR-285 até a entrada da RS-110 foram aproximadamente 67 quilômetros e também estava boa mas com alguns buracos.  Para chegar na Barragem do Rio dos Touros, saindo da BR-285 foram aproximadamente 6 quilômetros de estrada de chão batido bastante irregular.  Voltando para BR-285, até São José dos Ausentes foram aproximadamente 31 quilômetros.


Mapa do Google Maps com a rota saindo de Curitiba/PR até São José dos Ausentes/RS.
Mapa da rota de Curitiba/PR até São José dos Ausentes/RS


segunda-feira, 28 de março de 2016

Honda CB500X - Lançamento

Honda CB500X Branca
Honda CB500X Branca (2015)

    No dia 21/03/2014 a Honda anuncia oficialmente a comercialização de uma nova moto no Brasil, a CB500X.  Conhecida  na Europa desde 2013, ela é a integrante de uma família composta por outras duas motos, a CB500F (Naked) e a CB500R (Sport), sendo a versão X a mais "aventureira" da turma, pois se enquadra no que a Honda chama de Crossover (motos on/off road).
    Veja a notícia da Honda Brasil na época:

Notícia do lançamento da Honda CB500X

    A 500X não inaugurou esse conceito Crossover, que podemos dizer que foi usado inicialmente com a VFR800X Crossruner, depois também foi usado na NC700X (da família NC700N e NC700S), e seguindo a receita da família NC, surgiu a CB500X.

    Tanto a 500X quanto as suas irmãs foram idealizadas com o objetivo de serem fáceis de pilotar, e para aqueles que querem sair das motos de "baixa cilindrada", mas não querem se aventurar na "alta cilindrada", além de ser uma moto resistente e de baixa manutenção.

    Honda bicilíndrica de quase 500cc, 8 válvulas e refrigeração líquida não é uma novidade no Brasil, pois entre os anos de 1997 e 2005 foi produzida a CB500, uma naked que é adorada até hoje por muitos motociclistas, e na época ela também era uma moto intermediária entre a 250 e 600cc.

Honda CB500 Special Edition

    Depois  de 2005 até 2014, quem gostava da marca e queria subir um pouco de cilindrada se sentia órfão, pois ou continuava nas baixas cilindradas, ou pulava diretamente para a alta cilindrada.  Por fatores econômicos acabava ficando na baixa cilindrada, ou se aventurava nas usadas de alta cilindrada.  Até existia uma opção, a Honda NX400 Falcon, mas motos Trail nunca foram as preferidas da maioria dos brasileiros.

    De 2014 até o momento deste post (2016), consultando um site onde os usuários avaliam suas motos, a CB500X era recomendada por todos, ou seja,  acho que até o momento a moto está cumprindo o seu papel.


Ficha Técnica da Honda CB500X 2013
Propulsor
Motor
471cc , DOHC, dois cilindros, 4 tempos, arrefecido a líquido
Potência máxima
50,4 cv a 8,500 rpm
Torque máximo
4,55 kgf.m a 7.000 rpm
Diâmetro x curso
67,0 x 66,8 mm
Alimentação
Injeção eletrônica de combustível PGM-FI
Relação de compressão
10,7 : 1
Sistema de lubrificação
Forçada, por bomba trocoidal
Sistema de ignição
Eletrônica
Sistema de partida
Elétrica
Elétrica
Bateria
12V – 8,6 Ah
Farol (alto/baixo)
60/55 W
Transmissão
Transmissão
6 velocidades
Embreagem
Multidisco em banho de óleo
Suspensões
Suspensão dianteira
Garfo telescópico com 140 mm de curso
Suspensão traseira
Pro-Link com 118 mm de curso
Freios
Freio dianteiro*
Disco de 320 mm de diâmetro.
Freio traseiro*
Disco de 240 mm de diâmetro.
Pneus
Pneu dianteiro
120/70 - 17
Pneu traseiro
160/60 - 17
Dimensões/Capacidades
Altura do assento
810 mm
Altura mínima do solo
170 mm
Dimensões (C x L x A)
2.095 x 830 x 1.260 mm
Entre-eixos
1.420 mm
Óleo do motor
3,2 litros (2,7 litro para troca)
Capacidade do tanque
17 litros (2,8 litros de reserva)
Outros
Categoria
on/off
Chassi
Tipo Diamond
Peso seco
STD: 180 kg | ABS: 182 Kg
*  Existe a opção de modelo com ABS.


Referências:
Anúncio oficial da CB500X no site da Honda:
http://www.honda.com.br/imprensa/noticias/Paginas/CB500X,amaisnovaintegrantedafamíliaHonda500.aspx

Site mundial da Honda sobre a família 500:
http://world.honda.com/CBR500R-CB500F-CB500X/index.html

Anúncio no site mundial da honda da família 500:
http://world.honda.com/news/2012/2121113EICMA2012/index.html

Um pouco sobre a Honda CB500 (1997-2005):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Honda_CB_500

Avaliação dos usuários de CB500X:
http://www.motonline.com.br/guia-de-motos/honda/cb-500-x#todasavaliacoes